Daisaku Ikeda: Arun Gandhi, neto de Mahatma Gandhi, e sua esposa
Sunanda (que são co-fundadores do Instituto M.K. Gandhi para a não-
violência, nos Estados Unidos), compareceram ao Festival Cultural dos
Jovens para a Paz Mundial realizado em Nagoya em 1998. Gostaria de
contar uma história que ele relatou sobre sua infância: Quando estava
mais ou menos com sete ou oito anos de idade, ele morava num ashram com
seu avô. Um de seus amigos era um garoto com quase a mesma idade dele e
que também vivia ali com os pais. Este menino gostava muito de doces,
por isso os comia em grande quantidade. Por causa disso, começaram a
aparecer furúnculos em seu corpo inteiro. Por mais que seus pais
ralhassem com ele para que parasse de comer doces, ele não dava ouvidos.
Sempre que havia doces por perto, ele simplesmente apanhava alguns para
comer quando não havia ninguém olhando. Preocupada, a mãe do menino
levou-o até Gandhi e pediu-lhe que conversasse com ele para que não
comesse mais doces. Após ter ouvido a mãe, Gandhi disse: “Por favor,
volte dentro de quinze dias e eu conversarei com ele. “Perplexa, ela fez
exatamente como foi pedido e retornou quinze dias depois. Gandhi chamou
o menino num canto e não levou mais do que um minuto para conversar com
ele. Isso foi o bastante. Surpreendentemente, a partir daquele momento o
menino parou de comer doces.A mãe do menino ficou confusa, imaginando
que tipo de milagre Gandhi havia efetuado em seu filho. Alguns dias
depois, ela foi até Gandhi perguntar o que havia acontecido. Gandhi
respondeu que não havia sido um milagre. “Eu pedi para que a senhora
voltasse dentro de quinze dias” disse ele, “porque eu precisava parar de
comer doces durante quinze dias para poder pedir ao seu filho que
parasse também”. Ele havia dito isso para o menino, acrescentando ainda
que não tocaria em nenhum doce até que os furúnculos sarassem e ele
pudesse comer doces novamente.
- Ou seja, Mahatma Gandhi vivia segundo o princípio de que eu
desafiarei a mim mesmo, então, por favor, desafie você também”. Foi
assim que ele conseguiu transformar a atitude do garoto.
Contribuição: Maria Paula Pinto Sombra
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