As abelhas produzem muito mais do que o mel e
guardam ainda muitos segredos. Apesar de alguns de seus produtos, como a
própolis, terem sido empregados pela medicina popular no Egito Antigo e muitas
de suas qualidades aproveitadas desde os tempos mais remotos da civilização
grega, ainda há muito a ser descoberto.
Dependendo da origem, a própolis contém mais de 400
substâncias químicas, com funções ainda desconhecidas na fisiologia humana,
segundo os especialistas. A palavra própolis, em sua origem grega, diz tudo: é
a combinação de pro (defesa) e polis (cidade). Afinal, a substância resinosa é
utilizada na colméia para vedar frestas, o que garante a proteção contra
microorganismos. Alguns insetos invasores, como outras abelhas e besouros,
quando mortos, também são recobertos com a própolis, para deixar imune a
colméia.
O INSTINTO DAS ABELHAS
Em Minas Gerais, uma pesquisa sobre própolis verde, conduzida pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), revela que as abelhas reconhecem, instintivamente, a propriedade de algumas plantas, que ajudam na proteção da colméia e que podem também ser bastante úteis para o homem, inclusive no combate a doenças. A composição química da própolis se diferencia conforme a vegetação e o clima de cada região, sendo que, em Minas Gerais, as mais comuns têm coloração verde, preta e marrom.
A própolis nacional tem excelente qualidade por causa do clima e da flora e é reconhecida como o mais eficiente medicamento natural já descoberto no Ocidente. Como as abelhas não gostam de trabalhar no inverno, elas preferem climas tropicais como o do Brasil e o da Nova Zelândia. Assim, esses países ocupam as principais posições no mundo no roteiro de produção da própolis. Como existem vários tipos de própolis, ela precisa ser mais pesquisada pelos cientistas brasileiros, para que o país aproveite os seus recursos naturais e detenha conhecimentos para a produção de remédios, além de tecnologia para outras aplicações.
Em Minas Gerais, uma pesquisa sobre própolis verde, conduzida pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e financiada pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), revela que as abelhas reconhecem, instintivamente, a propriedade de algumas plantas, que ajudam na proteção da colméia e que podem também ser bastante úteis para o homem, inclusive no combate a doenças. A composição química da própolis se diferencia conforme a vegetação e o clima de cada região, sendo que, em Minas Gerais, as mais comuns têm coloração verde, preta e marrom.
A própolis nacional tem excelente qualidade por causa do clima e da flora e é reconhecida como o mais eficiente medicamento natural já descoberto no Ocidente. Como as abelhas não gostam de trabalhar no inverno, elas preferem climas tropicais como o do Brasil e o da Nova Zelândia. Assim, esses países ocupam as principais posições no mundo no roteiro de produção da própolis. Como existem vários tipos de própolis, ela precisa ser mais pesquisada pelos cientistas brasileiros, para que o país aproveite os seus recursos naturais e detenha conhecimentos para a produção de remédios, além de tecnologia para outras aplicações.
AS ABELHAS E O ALECRIM DO CAMPO
A descoberta mais importante do trabalho foi apontar a família da planta que serve de base à produção da própolis verde. As abelhas utilizam-se da planta conhecida popularmente por alecrim do campo, ou ainda, por vassourinha, por se prestar à produção de vassouras no interior do estado. O alecrim nasce e se desenvolve facilmente, tanto em áreas plantadas como em espaços abandonados, podendo ser utilizado na recuperação de áreas degradadas.
"As abelhas retiram o néctar das flores para fazer o mel, recolhem o pólen para alimentar larvas no interior da colméia e aproveitam ainda as substâncias resinosas secretadas pelas plantas para fazer a própolis", explica a bióloga.
Nas análises microscópicas da própolis verde sempre foi encontrado, embora em pequena quantidade, o grão de pólen da espécie Baccharis dracunculifolia (alecrim do campo), tendo sido utilizado como um indicador para a determinação de sua origem botânica. Além do pólen, foram encontrados nas amostras, em grande quantidade, fragmentos vegetais dessa mesma planta, como pedaços de ápices foliares e caulinárias.
A descoberta mais importante do trabalho foi apontar a família da planta que serve de base à produção da própolis verde. As abelhas utilizam-se da planta conhecida popularmente por alecrim do campo, ou ainda, por vassourinha, por se prestar à produção de vassouras no interior do estado. O alecrim nasce e se desenvolve facilmente, tanto em áreas plantadas como em espaços abandonados, podendo ser utilizado na recuperação de áreas degradadas.
"As abelhas retiram o néctar das flores para fazer o mel, recolhem o pólen para alimentar larvas no interior da colméia e aproveitam ainda as substâncias resinosas secretadas pelas plantas para fazer a própolis", explica a bióloga.
Nas análises microscópicas da própolis verde sempre foi encontrado, embora em pequena quantidade, o grão de pólen da espécie Baccharis dracunculifolia (alecrim do campo), tendo sido utilizado como um indicador para a determinação de sua origem botânica. Além do pólen, foram encontrados nas amostras, em grande quantidade, fragmentos vegetais dessa mesma planta, como pedaços de ápices foliares e caulinárias.
OS OLHOS VOLTADOS AOS PODERES DA
PRÓPOLIS
Atualmente, o Japão e outros países da Ásia adquirem quase toda a produção bruta de própolis do Brasil, além de extratos alcoólicos e glicólicos. A exportação é feita a partir de grandes entrepostos em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O interesse do mercado japonês pela própolis nacional, especialmente a verde, cresceu em meados dos anos 90, como resultado das pesquisas desenvolvidas pelos laboratórios de empresas naquele país, interessadas em estudar os componentes químicos do produto. Acostumado a comercializar basicamente mel, o apicultor mineiro encontrou na própolis, justamente algo que era praticamente jogado fora, mais uma importante fonte de receita em sua atividade.
AS PROPRIEDADES MEDICINAIS
No Brasil, a própolis é conhecida popularmente como antibiótico natural para curar gripes, dores de garganta, conjuntivites, cicatrizes e outros males. Além do mel, as abelhas produzem, a partir da flora, o pólen, a cera, a apitoxina (veneno das abelhas), ainda a geléia real, destinada a alimentar a rainha mãe, e a própolis, que consiste em uma mistura de cera e resinas e tem grande variedade de cor e consistência. As pessoas devem utilizar a própolis com moderação, ou seja, apenas quando têm problemas, já que se trata de um antibiótico natural, segundo Esther Bastos.
Em toda a Ásia, especialmente no Japão, a própolis conquistou um status maior, provavelmente como parte da milenar tradição de privilegiar alimentos e remédios naturais. Lá, a própolis é empregada no desenvolvimento de medicamentos protetores do fígado (hepatoprotetores) ou para a inibição de tumores cancerígenos. Além disso, a população é estimulada a consumir suco de laranja e outras bebidas com uma pequena porção de própolis, como um elixir da saúde. O produto também encontrou aplicação em outras áreas, como a cosmética, em uma completa linha de produtos, desde loções tônicas para a limpeza da pele até sabonetes capazes de combater acnes. A própolis revelou-se também um poderoso conservante de alimentos, incluindo peixes, fundamental na dieta japonesa. (Minas faz Ciência)
Fonte: Agência Brasil
Atualmente, o Japão e outros países da Ásia adquirem quase toda a produção bruta de própolis do Brasil, além de extratos alcoólicos e glicólicos. A exportação é feita a partir de grandes entrepostos em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
O interesse do mercado japonês pela própolis nacional, especialmente a verde, cresceu em meados dos anos 90, como resultado das pesquisas desenvolvidas pelos laboratórios de empresas naquele país, interessadas em estudar os componentes químicos do produto. Acostumado a comercializar basicamente mel, o apicultor mineiro encontrou na própolis, justamente algo que era praticamente jogado fora, mais uma importante fonte de receita em sua atividade.
AS PROPRIEDADES MEDICINAIS
No Brasil, a própolis é conhecida popularmente como antibiótico natural para curar gripes, dores de garganta, conjuntivites, cicatrizes e outros males. Além do mel, as abelhas produzem, a partir da flora, o pólen, a cera, a apitoxina (veneno das abelhas), ainda a geléia real, destinada a alimentar a rainha mãe, e a própolis, que consiste em uma mistura de cera e resinas e tem grande variedade de cor e consistência. As pessoas devem utilizar a própolis com moderação, ou seja, apenas quando têm problemas, já que se trata de um antibiótico natural, segundo Esther Bastos.
Em toda a Ásia, especialmente no Japão, a própolis conquistou um status maior, provavelmente como parte da milenar tradição de privilegiar alimentos e remédios naturais. Lá, a própolis é empregada no desenvolvimento de medicamentos protetores do fígado (hepatoprotetores) ou para a inibição de tumores cancerígenos. Além disso, a população é estimulada a consumir suco de laranja e outras bebidas com uma pequena porção de própolis, como um elixir da saúde. O produto também encontrou aplicação em outras áreas, como a cosmética, em uma completa linha de produtos, desde loções tônicas para a limpeza da pele até sabonetes capazes de combater acnes. A própolis revelou-se também um poderoso conservante de alimentos, incluindo peixes, fundamental na dieta japonesa. (Minas faz Ciência)
Fonte: Agência Brasil
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